Reviravolta sustentável
[Blog] 04/01/2024
Empresas sem compromissos ESG vão perder espaço no mercado imobiliário, afirma Diretor da GLP
- Para André Gavazza, “Haverá cada vez menos espaço para players que não tenham como temas centrais em suas estratégias o impacto social positivo, a redução de sua pegada de carbono e o uso consciente de recursos naturais”
- Executivo afirma também que a GLP tem investido em empresas de tecnologia que trazem soluções inovadoras para o setor, buscando oferecer uma cadeia de abastecimento mais eficiente
Após acompanharmos a entrevista com Hilton Rejman, vice-presidente executivo da Brookfield Properties, e de Diego Fonseca, sócio da Jive Investments, na edição de hoje colocamos os ativos logísticos em destaque e conversamos com André Gavazza, Diretor de Desenvolvimento da GLP Brasil.
Acompanhe na íntegra a entrevista com as perspectivas do executivo para o cenário logístico brasileiro:
REsource: Quais as suas perspectivas para o setor de imóveis logísticos em 2024?
André Gavazza: No mercado brasileiro, ainda vemos oportunidades de crescimentos com o avanço do comércio eletrônico e o movimento “flight to quality”, com as empresas buscando instalações logísticas mais eficientes, com maior aproveitamento de armazenagem, infraestrutura completa, localização estratégica e qualidade técnica que permitam a otimização de custos.
RE: Há iniciativas de inovação previstas da GLP para o próximo ano?
AG: Acreditamos que o caminho para uma logística mais eficiente no setor passa pela inovação, com soluções tecnológicas capazes de otimizar todas as etapas do transporte de cargas. Por isso, a GLP tem reforçado também sua atuação no ecossistema logístico, realizando investimentos em empresas que trazem propostas inovadoras para o setor, criando uma cadeia de abastecimento mais eficiente.
No Brasil, investimos em três empresas de tecnologia, cujos negócios estão voltados para: tecnologia para última milha; telemetria e IoT, gestão de frotas e smart lockers.
RE: André, quais são os principais desafios que você espera para o setor?
AG: Do ponto de vista dos novos desenvolvimentos, o cenário macroeconômico e político tem impacto nos negócios. A alta nos custos dos materiais de construção e das taxas de juros afetam os preços. No entanto, grandes players como a GLP, que operam grandes projetos, planejados com uma visão de longo prazo, tendem a ter maior capacidade para negociação com fornecedores para minimizar esse impacto, gerando economias de escala. O processo de licenciamento também tem sido um desafio, na medida que passamos a desenvolver projetos mais próximos dos grandes centros urbanos e em áreas mais adensadas.
RE: E quais tendências devem transformar o setor no próximo ano?
AG: Um aspecto fundamental para o mercado de logística hoje, e que deve se manter nos próximos anos, é a preocupação com o ESG. Haverá cada vez menos espaço para players que não tenham como temas centrais em suas estratégias o impacto social positivo, a redução de sua pegada de carbono e o uso consciente de recursos naturais. Como líderes em nosso setor, buscamos sempre inspirar o mercado a adotar as melhores práticas internacionais de sustentabilidade na construção e operação de instalações logísticas.
FONTE: SiiLANews